Páginas

sábado, 1 de abril de 2017

LINGUÁS ESTRANHAS CONHEÇA A VERDADE



Antes de mais nada gostaria de dizer que acredito no batismo com Espírito Santo, porém discordo do evento que conhecemos nas igrejas evangélicas. Segundo o relato de Atos capitulo 2:8 havia ali judeus helenistas, (nome dado por causa de Helena de Troia); esses judeus haviam saído de suas propriedades durante a diáspora no cativeiro babilônico. Assim quando retornam as suas terras ouvem os judeus falando em suas linguás de costume.

No livro de Atos capitulo 2 é identificado que houve a manifestação propriamente dita deste dom: E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (Atos 2:3-4)

O evento declarado naquele momento conforme relata o livro de Atos fora o surgimento de “línguas” de fogo, e o falar outras línguas. Pois, bem, ao recorrer ao texto original em quero fro escrito que era o grego koiné que era o grego helenístico (língua original em que fora escrito o Novo Testamento), encontraremos a palavra “γλωσσαι” (glossai), que significa línguas. Logo após vemos novamente a palavra língua, porém o termo grego usado não é “γλωσσαι”, mas o “διαλεκτω”(Dialekto); embora ambos os termos estejam sendo traduzidos como a palavra “língua”, há uma peculiaridade entre eles.

De acordo com o Dicionário Strong, a palavra “γλωσσαι” provém de “γλωσσα”, que em sua essência refere-se à “língua como membro do corpo, orgão da fala, idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações”. Já a palavra “διαλεκτω”possui seu significado peculiar ao da palavra “γλωσσα”, como vemos a seguir “conversação, fala, discurso, língua ou a linguagem própria de cada povo”;

Enquanto que o primeiro termo trata do órgão da fala, podendo-se “também” aplicar-se ao idioma, o segundo termo é usado especificamente para o produto do órgão da fala, em específico o idioma.

O verbo λαλεω (laleo), possui significado amplo, podendo ser desde um simples emitir uma voz ou um som, falar, usar a língua ou a faculdade da fala, emitir sons articulados, conversar, anunciar, contar, usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento, ou simplesmente “falar”; esse verbo dá origem a palavra λαλια (lalia), que significa dicurso, i.e, uma estória, dialeto, modo de falar, pronúncia, ou num sentido mais amplo: “modo de falar que revela o país de origem da pessoa que fala”.

Logo, criou-se na teologia pentecostal dois termos: a glossolalia (glossa+ laleo = falar Linguas [lit.] ) - quanto a manifestação temos; e a Xenolália (xenos[estrangeiro]+ laleo = falar Estrangeiro) - em relação ao entendimento dos ‘estrangeiros’

Quando os judeus helenistas de Atos dos apóstolos ouvem o que eles diziam ficaram espantados pois falavam e profetizavam em uma língua onde todos entendiam o que estava sendo falado.  Assim Pedro tomando o ensejo,  Prega o Evangelho para todos que estão ali e diz que aquele evento foi profetizado nos dias do profeta Joel e que estava se cumprindo neles.

Com o surgimento do pentecostalismo, as  religiões cristãs começaram a serem conhecidas através das manifestações diferentes chamados de dons: Profecia, dom de línguas, dom de curar, dom da palavra da sabedoria, dom da palavra do conhecimento, de visões.

 No início da década de 90, as denominações pentecostais, iniciaram uma nova categoria denominada Neopentecostais, ramificado desse mesmo pentecostalismo, porém com ênfase no exorcismo, e outras práticas como unção do dente de ouro, atos proféticos, cair no poder não comuns as denominações pentecostais históricas.

Logo após o surgimento dos Neopentecostais, passou-se a haver manifestações 'ditas' pentecostais nos mais diversos meios cristãos, inclusive por parte da igreja católica, o que deu origem a um novo seguimento Chamado de carismáticos, ou seja, que são peculiares em relação ao "χάρισμα"(i.e., dom, do gr. χάρις = graça, favor), ou seja, diferenciam-se por manifestações daquilo que chamam de dons.

Ultrapassando os rótulos denominacionais, temos os cristãos carismáticos, categoria que, independente de fazer parte de igreja pentecostal, neopentecostal, ou histórica (tradicional) acredita e/ou manifesta estas práticas.

Todavia os judeus de todo mundo antigo em visita a Jerusalém se maravilharam por conseguir ouvir a mensagem em sua própria língua ou dialeto. Sinal similar ocorreu na casa de Cornélio, um oficial romano. Antes disso, o apóstolo Pedro teve uma visão de que não deveriam ser recusados aqueles a quem Deus purificasse, independentemente da origem. Este sinal se mostra com propósito inverso ao ocorrido na construção da Torre de Babel. O fenômeno é descrito na carta de Paulo aos coríntios como sendo um dos dons oferecidos pelo Espírito Santo.

O fenômeno ocorrido durante o Pentecostes pode ser entendido também como xenoglossia (uma oração em língua desconhecida de quem ora, mas que existe ou já existiu e ainda é do domínio humano), uma vez que os povos de todas as nações encontravam-se em Jerusalém e ouviam os apóstolos anunciarem as maravilhas de Deus no seu próprio idioma. Já a glossolalia é um fenômeno que se deu, sobretudo, na comunidade cristã de Corinto, mas também nas de Cesareia e Éfeso; não é a mesma coisa que o “falar outras línguas” (o milagre de Pentecostes), mas consistia nisso que a pessoa proferia sons ininteligíveis e palavras sem nexo, que se tornavam compreensíveis apenas para quem possuía o carisma da interpretação.

o protestantismo, a glossolalia, conhecida como dom de línguas (ou, simplesmente, falar em línguas), é admitida pelas correntes pentecostais e neopentecostais. As demais igrejas, tidas como históricas ou tradicionais, majoritariamente refutam a manifestação contemporânea da glossolalia. Ou seja, para as igrejas históricas, o fenômeno foi um milagre de Deus inédito somente na Bíblia e que nunca mais voltou a acontecer.

O fenômeno em outras religiões não cristãs...
Antes do cristianismo, diversos grupos religiosos praticavam formas de glossolalia. No Oráculo de Delfos, a sibila (sacerdotisa do deus Apolo) falava com estranhos sons que se supunham ser mensagens do deus. Alguns textos gnósticos do período do Império Romano possuem fórmulas silábicas como “t t t t t t t t n n n n n n n n n d d d d d d d…” etc. Crê-se que tais seriam transliterações de sons feitos por glossolalia.

Atualmente, religiões como o espiritismo apresentam fenômenos semelhantes, incluindo manifestações de xenoglossia. Fenômenos de glossolalia são observados também no xamanismo, no vodu haitiano, em alguns grupos judaicos hassídicos e entre os sufi muçulmanos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário